O Comércio Global se tornou um dos assuntos mais importantes nas grandes assembleias internacionais. A venda do excedente de produção e a diversificação de mercadorias e serviços impulsionaram o comércio entre os países. Em um mundo pós-guerra, e diante de grandes necessidades, a negociação comercial internacional, superou as lutas sangrentas que não geravam riquezas, por grandes rodadas de negociações e abertura de zonas livres de comércio. Isso foi necessário para se evitar grandes conflitos, tendo em vista que o comércio internacional envolve relações não só econômicas, como também políticas.
Outra vantagem do comércio internacional é possibilidade de se equilibrar o mercado interno, pois diante de uma crise, o comercio internacional pode ser um instrumento para a continuação dos negócios, diminuindo os reflexos econômicos. Em contrapartida houve, e ainda há, um grande movimento dos protecionistas que, na justificativa de proteção, geração de emprego e riquezas internas, vêm o Comércio Internacional como uma ameaça ao crescimento interno.
Existem vários argumentos e análises que justificam a importância e as vantagens da conjunção do crescimento econômico com a especialização de produção e comércio entre os países. Isso porque essa conjunção traz muitas vantagens econômicas, além de riquezas na indústria, e ainda maiores opções para os consumidores.
Independente de um motivo real, o simples interesse no produto estrangeiro, já é um fator que dificulta o impedimento do mercado internacional. Porém, mais do que isso, o mercado internacional é uma grande fonte de motivação para acordos políticos e até mesmo de tolerância para ideologias diferentes. Esse é o caso da China, que mesmo tendo uma política comunista e totalmente fechada, pratica o comércio internacional com diversos países sem nenhum tipo de retaliação. Isso porque, no mercado internacional, muito mais que as diferenças, o que se busca é um suprimento do que cada país pode ou não produzir, devido ao clima, mão de obra ou tecnologia.
A importância dos relacionamentos transcende os motivos materiais, podendo estar relacionada a motivos comerciais em que a compra e venda de mercadorias podem fazer parte de um conjunto mais abrangente de contatos e ações entre os países. A importância política também é relevante nas transações comerciais, podendo determinar o volume de negócios entre os países. Melhoria da qualidade pode ser um fator determinante nas relações comerciais, já que uma abertura de fronteiras pode balizar a produção interna por meio da concorrência estrangeira, visto que esta pode determinar mudanças importantes na produção da indústria nacional. Samir (2017).
Nos grandes grupos de acordos e de mercado comum, nem sempre tudo se resume aos lucros e harmonia. Esses grupos são constantemente afetados com os reflexos políticos de seus membros. A título de exemplo, cita-se alguns destaques:
MERCOSUL - Suspensão da participação do Paraguai. Devido à destituição do poder do presidente Fernando Lugo, em junho de 2012, o Paraguai foi temporariamente suspenso do Mercosul, tendo em vista que o ato foi considerado antidemocrático. Essa suspensão teve com efeito a entrada da Venezuela no bloco. Isso porque, o Paraguai era o único país do grupo que ainda não havia votado a favor da inclusão da Venezuela.
O NAFTA - Barack Obama reeleito. Diante de uma crise nunca vista, desde a grande depressão, a troca de governo poderia significar um grande prejuízo para a economia americana. Por isso, a reeleição de Barack Obama, trouxe um alívio e garantia para o mercado internacional, de que o país não iria passar por grandes mudanças administrativas e políticas de imediato, deixando a economia tomar um ar. Vale ressaltar que, tudo não passou de uma falsa sensação de paz, pois o governo de Barack Obama, levou o país a uma grande desestabilização orçamentária e fiscal. Tudo isso, fez com fosse criado, um pacote que afetou diretamente o controle de tráfego aéreo, fiscalização de alimentos, redução de seguro-desemprego além de ter afetado diretamente o amparo aos pobres e a área atendimento médico.
A UNIÃO EUROPEIA – Falência da Grécia. A Grécia passou por um período tão grave em sua economia, que quase foi expulsa do bloco europeu. Sofreu pressão para cortar gastos, além de ver sua população emocionalmente abalada, com o grande número de suicídios. Foi necessário a criação de um pacote agressivo de medidas para tentar reduzir o grande déficit do PIB, que sofreu redução de 160%. Outro choque importante sofrido pela União Europeia foi o afastamento da Inglaterra desde 2012, que culminou com o Brexit, gerando um sentimento antibritânico nos cidadãos da Europa. Philippe C. (2010).
Com o crescimento do comércio global nas últimas décadas, houve uma grande integração das economias mundiais, o que também gerou um grande crescimento nas relações exteriores. Apesar de toda dificuldade para os grandes blocos de livre comércio, harmonizarem seus interesses, e de toda a pressão da indústria interna por medidas de protecionismo, o livre comércio continua sendo a melhor opção para o equilíbrio da produção mundial.
Isso porque, fatores como clima, tecnologia, mão de obra e serviços, afetam a produção em determinados países, que podem compensar essas dificuldades através do Comércio Internacional. Mas não se pode negligenciar o fato que, nem todas as nações terão a mesma capacidade para produzir ou exportar com equilíbrio, o que pode culminar com a total falência ou colonização moderna desses países, e esse é o maior risco da globalização. Em contrapartida, é necessário crer na capacidade política e humanitária das grandes nações, na promoção, econômica e profissional das nações mais fracas, permitindo-lhes os benefícios do Comércio Internacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KEEDI, Samir (2017), Abc Do Comercio Exterior- Abrindo as Primeiras Páginas, 6.ed. São Paulo: Aduaneiras – Informações sem Fronteiras.
SCHMITTER, Philippe C. (2010), A experiência da integração europeia e seu potencial para a integração regional. A experiência da integração europeia e seu potencial para a integração regional. Lua Nova [online]. 2010, n.80, pp.9-44. ISSN 0102-6445. [https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64452010000200002&script=sci_abstract &tlng =pt], acesso em 19 de março de 2021.
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